Eu comprei meu primeiro imóvel com 24 anos, e foi aquele dos meus sonhos.

Mas o que tem de novidade nessa história?

Eu não tinha dinheiro para a entrada, mas tinha um carro que havia acabado de quitar então ele virou minha entrada.

Entre um passivo que seria o carro e um investimento que seria um apartamento… dúvida não havia.

Mas como saber se estava fazendo um bom negócio imobiliário?

Aí vão 3 dicas de ouro.

Localização –

O local era um bairro novo. Não exatamente iniciando, pois já havia 7 anos de inauguração do bairro. Nesse caso não estava no início a ponto de não saber se ia pegar e não estava tão antigo a ponto de não caber expansão nem mais valorização.  

Plantado imóvel –

Na época a planta do apartamento era versátil e atendia a maioria da população jovem daquela época que estava iniciando uma vida conjugal e que criaria seus filhos. Portanto a planta e tamanho do apartamento eram direcionadas para um público que mais demandava na cidade naquela época – 28 a 40 anos e que podia criar seus filhos. Isso me deu segurança para diminuir os riscos caso precisasse vender no curso da construção.

Perspectiva de valorização –

A compra de imóvel na planta deve necessariamente ser analisada sob o ponto de vista de ser uma oportunidade, pois o dinheiro começa a sair do bolso antes que você possa usufruir da unidade. Portanto, há de se verificar se será uma oportunidade ou se será um gasto a mais.

Em outras palavras, as perspectivas de valorização do imóvel pronto devem ser maiores do que o valor gasto com aluguel, por exemplo, se eventualmente tiver que gastar até que o empreendimento fique pronto.

Análise de Risco – (todo investimento tem algum tipo de risco)

Na época eu tinha um contrato que permitia o distrato se assim eu quisesse, sem configurar culpa por parte do consumidor.

Então o risco era não conseguir pagar as parcelas acordadas. Caso isso acontecesse eu deveria estar preparada para o plano A: ceder os direitos no empreendimento e ainda obter algum tipo de lucro. Plano B: distratar e perder 10% do valor investido, conforme previsto no contrato. Esse risco é suportável pelo meu bolso? Essa é uma pergunta que sempre tem que se fazer. O risco tem que ser calculado de forma que possa simular fatos que podem ser sanados de alguma forma para que não fique insolvente.

Por fim, após 5 anos eu o vendi pelo triplo do valor pago. Dificilmente algum outro investimento me daria esse retorno em apenas 5 anos.

Oportunidade, estudo e análise de risco. Esses são os fatores que você deve analisar quando for investir em um imóvel e não esqueçam que observar as cláusulas contratuais foram um dos fatores primordiais na análise de risco. 

Se houvesse cláusula de perder todo o valor pago provavelmente o risco não valeria a pena.

Sem dúvida essa história revela o porquê atuo nessa área. Ninguém sustenta aquilo que não acredita.